Dor neuropática: entenda causas, sintomas e tratamentos, incluindo opções avançadas para dor por diabetes e pós-herpes-zóster. Saiba como participar de estudos clínicos!

 

A dor neuropática é uma das condições crônicas mais complexas e debilitantes do sistema nervoso. Ela surge quando há lesão, disfunção ou compreensão em nervos periféricos ou centrais, provocando dor persistente mesmo na ausência de um estímulo externo. 

Diferente das dores comuns – que têm origem em inflamações ou traumas -, a dor neuropática é resultado direto de um erro na comunicação entre os nervos e o cérebro, o que torna o seu tratamento desafiador e multidisciplinar. 

Nos últimos anos, a medicina tem avançado na compreensão dos mecanismos envolvidos nesse tipo de dor, especialmente nos casos associados à diabetes e ao herpes-zóster. 

Essas duas condições citadas são as mais estudadas atualmente em pesquisas clínicas que buscam novos tratamentos para aliviar as dores e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Vamos conversar mais sobre o assunto.

 

O que é dor neuropática?

A dor neuropática é definida como uma dor crônica causada por lesão ou disfunção no sistema nervoso somatossensorial – a rede responsável por perceber e transmitir sensações ao cérebro. Pode afetar nervos periféricos, raízes nervosas ou estruturas do sistema nervoso central. 

Em geral, o paciente sente queimação, formigamento, pontadas, dormência ou choques elétricos que persistem por semanas, meses ou anos. Mesmo após o tratamento da causa original, o cérebro continua a receber sinais incorretos de dor. 

Essa dor afeta profundamente a qualidade de vida, interferindo no sono, no humor e nas atividades diárias. Em muitos casos, o tratamento exige uma combinação de medicamentos, fisioterapia, acompanhamento psicológico e, mais recentemente, terapias avaliadas em pesquisas clínicas voltadas para a dor neuropática. 

 

Tipos de dor neuropática

A dor neuropática pode ser classificada conforme o local e o tipo de nervo afetado. Essa diferenciação é necessária para escolher o tratamento adequado. Continue a leitura para entender um pouco mais sobre o assunto! 

 

Mononeuropatias

A dor neuropática pode surgir quando um único nervo é lesionado, condição chamada de mononeuropatia. Situações comuns incluem compressões nervosas, como na síndrome do túnel do carpo. O paciente costuma sentir dor, fraqueza e alterações de sensibilidade na área inervada pelo nervo acometido.

Essa forma de dor neuropática pode ter evolução aguda ou gradual, dependendo da intensidade da lesão e da causa subjacente. O diagnóstico costuma envolver exame físico e testes de condução nervosa, permitindo identificar o nervo afetado e orientar o tratamento.

Em alguns casos, as mononeuropatias podem estar associadas a alterações metabólicas, trauma, compressão prolongada ou até mesmo a processos infecciosos. A abordagem precoce e adequada aumenta as chances de recuperação e controle da dor neuropática.

 

Plexopatias

As plexopatias envolvem a lesão de múltiplos nervos em uma região específica do sistema nervoso periférico, como os plexos braquial e lombossacral. Esse tipo de dor neuropática pode ser causado por traumatismos, tumores ou processos inflamatórios.

Os sintomas incluem dor intensa, perda de força e alteração sensorial em grandes áreas corporais. Pacientes com diabetes também podem apresentar plexopatia diabética, caracterizada por dor súbita e severa, principalmente na região lombar e membros inferiores. 

O diagnóstico envolve exames de imagem e eletroneuromiografia. O tratamento busca reduzir a inflamação, controlar a dor neuropática e também prevenir as complicações.  

 

Polineuropatias

As polineuropatias afetam múltiplos nervos simultaneamente, geralmente de forma simétrica; enquanto as plexopatias ocorrem em apenas uma região, as polineuropatias podem ocorrer por todo o organismo. 

A causa mais comum é a diabetes, responsável por cerca de 50% dos casos de polineuropatia crônica. Esse tipo de dor neuropática costuma começar nos pés e progredir para as pernas e mãos. 

Além da dor neuropática, sintomas como perda de sensibilidade, formigamento e fraqueza são comuns. Em longo prazo, há risco de úlceras, infecções e até amputações em casos graves não tratados adequadamente. 

A avaliação médica e o controle rigoroso da doença de base são necessárias para reduzir a intensidade da dor neuropática e evitar agravamentos.

 

 

Causas da dor neuropática

A dor neuropática pode ter diversas origens, mas todas envolvem lesão ou degeneração das fibras nervosas. Entre as principais causas estão:

Cada causa produz um tipo diferente de dor neuropática, com intensidade e sintomas próprios. A seguir, aprofundamos as duas das causas mais estudadas. Continue a leitura para conhecê-las. 

 

Qual a relação entre dores neuropáticas e herpes-zóster?

O herpes-zóster é causado pela reativação do vírus varicela-zóster, que permanece adormecido no organismo após a catapora. Em alguns pacientes, mesmo após a resolução da infecção, a lesão neural persiste e evolui para neuralgia pós-herpética, um dos tipos mais dolorosos de dor neuropática.

Essa condição provoca dor neuropática intensa, ardência e hipersensibilidade na região afetada, podendo durar meses ou anos. Idosos e pessoas com sistema imunológico comprometido apresentam mais risco.

 

Como o herpes-zóster causa dor?

O vírus danifica fibras nervosas sensoriais, levando a alterações na condução dos sinais que resultam em dor neuropática constante ou intermitente. O tratamento precoce com antiviral reduz o risco, mas não elimina completamente a possibilidade de evolução para dor crônica.

 

Qual a relação entre dores neuropáticas e diabetes?

A diabetes é uma das principais causas de dor neuropática, especialmente em casos de controle glicêmico inadequado. A neuropatia diabética afeta principalmente nervos periféricos e pode se manifestar como dor, sensibilidade alterada, fraqueza e formigamento.

Esse tipo de dor neuropática ocorre devido ao dano cumulativo aos nervos provocado pelos altos níveis de glicose ao longo dos anos, resultando em degeneração nervosa e alteração das vias de sinalização da dor. 

Mas, afinal de contas, o que aumenta o risco da neuropatia diabética?

A prevenção da neuropatia diabética envolve controle rigoroso da glicemia, dieta adequada e, é claro, acompanhamento médico regular.

 

 

Sinais e sintomas das dores da neuropatia

Antes de listar os sintomas, é importante compreender que a dor neuropática apresenta características específicas e pode variar em intensidade e frequência. 

Pessoas com dor neurogênica – outra forma de se referir à dor relacionada aos nervos – descrevem um impacto significativo na rotina, interferindo no sono, nas atividades laborais e no bem-estar emocional.

A seguir, os principais sinais e sintomas das dores neuropáticas:

Esses sintomas podem se manifestar de forma isolada ou combinada, e a evolução pode ser lenta e progressiva ao longo dos anos, especialmente nas dores neuropáticas associadas à diabetes.

 

Diagnóstico da dor neuropática

O diagnóstico da dor neuropática exige uma avaliação clínica bastante atenciosa, pois muitas vezes ela pode ser confundida com outros tipos de dor, especialmente dores musculoesqueléticas ou inflamatórias

O processo começa com uma investigação detalhada dos sintomas, histórico do paciente, condições de base (como diabetes e infecção prévia por herpes-zóster) e também exames físicos específicos para mapear alterações de sensibilidade.

Durante a consulta, o médico busca identificar algumas características típicas da dor neuropática – como queimação, formigamento, choques e hiperestesia – e também verificar a sua distribuição pelo corpo. 

Reconhecer precocemente a dor neuropática é importante para evitar a sua progressão para dor crônica severa e perda funcional. Por isso, indivíduos com dor persistente devem procurar avaliação especializada para diagnóstico e início do tratamento adequado.

 

Tratamentos para dor neuropática

O manejo da dor neuropática é multifatorial e costuma exigir uma combinação de tratamentos farmacológicos, terapias físicas e intervenções comportamentais; pois a dor neuropática resulta de alterações no funcionamento do sistema nervoso, não sendo tratada de forma assertiva apenas com analgésicos comuns. 

O tratamento tende a ser contínuo e ajustado conforme a evolução dos sintomas apresentados, já que muitas pessoas convivem com dor crônica e respostas variáveis aos medicamentos.

Antes de iniciar qualquer terapia, o médico avalia a causa da dor neuropática, o tempo de sintomas, comorbidades e impacto na vida diária. O objetivo é reduzir a intensidade da dor, melhorar a funcionalidade e preservar a qualidade de vida

No mais, algumas estratégias complementares como fisioterapia, suporte psicológico e educação do paciente aumentam a assertividade do tratamento e ajudam a prevenir piora do quadro.

 

Tratamentos para dor neuropática por diabetes

Na neuropatia diabética, o tratamento da dor neuropática envolve não apenas controle da dor, mas também manejo metabólico rigoroso. A manutenção de níveis glicêmicos adequados reduz a progressão da lesão nervosa e melhora os sintomas ao longo do tempo. 

Medidas como reeducação alimentar, atividade física regular e abandono do tabagismo também têm papel fundamental na proteção das fibras nervosas. Em alguns casos, vitaminas específicas, como as do complexo B, podem ser indicadas para suporte neural, dependendo dos exames laboratoriais.

Para pacientes com dor importante e refratária, terapias avançadas e acompanhamento com uma equipe multidisciplinar podem ser necessários, incluindo especialistas em dor crônica.

 

Tratamentos para dor neuropática pós herpes-zóster

Na neuralgia pós-herpética, a lesão nervosa causada pelo vírus varicela-zóster pode gerar dor neuropática intensa e persistente. O início precoce do tratamento antiviral durante o surto de herpes-zóster ajuda a reduzir o risco de evolução para dor crônica, mas não elimina completamente essa possibilidade.

Além disso, estratégias de proteção cutânea e estímulos táteis controlados podem ser recomendadas para reduzir a hipersensibilidade local. Em casos resistentes, terapias intervencionistas e recursos terapêuticos experimentais podem oferecer alternativas de controle.

 

 

Tratamentos avançados para dor neuropática por diabetes ou pós herpes-zóster

Apesar dos avanços no manejo da dor neuropática, muitos pacientes com neuropatia diabética ou neuralgia pós-herpética ainda enfrentam dores persistentes e rotina desgastante mesmo depois de um tratamento convencional. 

Nesses casos, as terapias avançadas e os medicamentos inovadores surgem como opções transformadoras e seguras para reduzir ao máximo as dores do paciente e recuperar a qualidade de vida. 

A participação em uma pesquisa clínica representa uma oportunidade para pessoas que convivem com dor neuropática crônica refratária aos tratamentos convencionais, permitindo acesso antecipado a terapias em desenvolvimento e acompanhamento especializado.

Essa abordagem integrada proporciona suporte completo para a pessoa que sofre com as dores e contribui diretamente para o avanço científico no tratamento da dor neuropática – especialmente para quem busca novas opções terapêuticas e alívio mais consistente.

 

Quem pode participar do tratamento de dor neuropática da Synvia e como se inscrever?

A participação nos estudos clínicos da Synvia é destinada a pessoas que convivem com dor neuropática crônica relacionada à diabetes ou dor neuropática relacionada ao herpes-zóster, que não alcançaram o conforto necessário com os tratamentos convencionais. 

O objetivo do nosso estudo clínico é oferecer acesso a terapias inovadoras e seguras, acompanhamento médico especializado e uma avaliação completa e contínua da saúde – sempre seguindo rígidos padrões científicos e éticos de segurança.

Para ser elegível para o estudo clínico da Synvia, o participante geralmente deve:

Cada participante passa por uma triagem detalhada, incluindo entrevista clínica, exames e avaliações de histórico médico para garantir que o estudo seja seguro e adequado ao seu perfil. 

Os participantes selecionados recebem acompanhamento integral, orientação sobre o tratamento, suporte durante todo o período e acesso ao medicamento investigacional quando aplicável.

Entrar para um estudo clínico é uma oportunidade de contribuir com a evolução da medicina e, ao mesmo tempo, buscar alívio para a dor neuropática.

Se você convive com dores neuropáticas após diabetes ou herpes-zóster, e já tentou outras opções, clique no botão abaixo. A sua participação pode transformar a sua experiência e ainda ajudar outros pacientes no futuro.

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Fontes 

MSD. Dor Neuropática – Distúrbios Neurológicos. MSD Manual – Versão Profissional. Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%BArbios-neurol%C3%B3gicos/dor/dor-neurop%C3%A1tica#Etiologia_v1033792_pt

PFIZER. Dor neuropática. Sua Saúde: Dor e Inflamação. Disponível em: https://www.pfizer.com.br/sua-saude/dor-e-inflamacao/dor-neuropatica

MARTINS, W. A.; et al. Neuropatia diabética: revisão atualizada. Revista Médica de Minas Gerais, 2020. Disponível em: https://www.rmmg.org/artigo/detalhes/3928

MSD. Neuralgia pós-herpética. MSD Manual – Versão para Leigos. Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt/casa/infec%C3%A7%C3%B5es/infec%C3%A7%C3%B5es-por-herpesv%C3%ADrus/neuralgia-p%C3%B3s-herp%C3%A9tica#Tratamento_v14430992_pt

BARON, R.; et al. Neuropathic Pain: Mechanism-Based Diagnosis and Treatment. The Lancet Neurology, v. 9, n. 8, p. 807–819, 2010. Disponível em: https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC6104256/